
O anúncio do novo jogo da franquia Assassin’s Creed, Assassin’s Creed Shadows, pela Ubisoft, gerou uma reação mista entre fãs e críticos. Ambientado no Japão Feudal, um cenário aguardado há anos pelos fãs, o jogo causou entusiasmo pela sua ambientação, mas também desencadeou discussões acaloradas sobre decisões criativas, questões de representação e práticas comerciais da empresa. No entanto, uma série de controvérsias envolvendo o jogo – desde o adiamento até as mudanças na monetização – vêm aumentando as críticas e preocupações da comunidade. Neste artigo, exploraremos as razões por trás da polêmica, analisando as críticas da comunidade gamer sobre este novo título.
1. A Reputação da Ubisoft
A Ubisoft já enfrenta desconfiança entre os gamers devido a sua reputação e práticas de negócios. Nos últimos anos, jogos como Skull and Bones e XDefiant receberam duras críticas por conta de problemas técnicos e expectativas frustradas. Além disso, a decisão da Ubisoft de retirar servidores online de jogos mais antigos, como The Crew, e restringir o acesso a cópias físicas e digitais levou à insatisfação generalizada dos jogadores. Assassin’s Creed Shadows, então, surge em um momento em que a confiança na empresa está abalada, o que amplia as críticas.
2. Modelo de Precificação e Mudanças na Pré-venda
Outro ponto de discórdia é o modelo de precificação adotado pela Ubisoft. No início, Assassin’s Creed Shadows foi anunciado com várias edições especiais e benefícios de pré-venda, como o acesso antecipado de três dias para os compradores da edição de colecionador. Recentemente, porém, a Ubisoft anunciou que o jogo não terá mais acesso antecipado e que também cancelou o passe de temporada, permitindo agora que expansões sejam compradas de forma individual. Os compradores que já haviam feito a pré-compra terão direito a um reembolso e ao primeiro pacote de expansão gratuitamente. Essa mudança inesperada no modelo de monetização gerou especulação: será que a Ubisoft está tentando recuperar a confiança dos jogadores, ou isso é uma resposta às críticas sobre práticas de monetização excessiva?

3. Adiamento e Concorrência de Grandes Títulos
Originalmente planejado para novembro de 2024, o lançamento de Assassin’s Creed Shadows foi adiado para 14 de fevereiro de 2025. Embora a Ubisoft tenha afirmado que o adiamento visa dar mais tempo à equipe de desenvolvimento para polir o jogo, o novo calendário de lançamento coloca Assassin’s Creed Shadows em um período de intensa concorrência. Em fevereiro, outros títulos altamente aguardados também serão lançados, como Monster Hunter Wilds, o novo da serie Yakuza, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii e outras grandes produções ainda não especificadas. Com tanta expectativa por outros jogos de peso, a pergunta permanece: será que é uma boa ideia lançar Assassin’s Creed Shadows em uma data tão competitiva? Fãs e analistas estão céticos, pois o título corre o risco de ser ofuscado por outras franquias populares.
4. Game Design e Fórmulas Repetitivas
Uma crítica comum aos jogos de mundo aberto da Ubisoft é a repetitividade das missões e atividades. A estrutura de mundo aberto e missões paralelas de Assassin’s Creed Shadows levanta preocupações sobre o jogo seguir o padrão excessivamente seguro da Ubisoft, onde o tamanho do mundo e o tempo de jogo são estendidos artificialmente com missões genéricas. Fãs da série temem que o novo título se perca em um design de missões repetitivo e longo demais, sem a inovação que tornou os primeiros jogos da franquia tão cativantes.
5. A Representação de Yasuke, o Samurai Negro
Um dos aspectos mais polêmicos de Assassin’s Creed Shadows é o protagonismo de Yasuke, um samurai negro e figura histórica no Japão Feudal. A introdução de Yasuke como protagonista levantou discussões sobre a intenção da Ubisoft com essa escolha de personagem. Embora ele seja uma figura histórica real, muitos jogadores questionam se ele foi escolhido por suas qualidades narrativas ou se é uma tentativa da Ubisoft de incluir diversidade de forma forçada. Além disso, enquanto alguns veem a inclusão de Yasuke como uma oportunidade para um enredo criativo, outros levantam questões sobre se esse personagem seria melhor representado como um coadjuvante, ou até mesmo um vilão, no contexto da narrativa.
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6. Precisão Histórica vs. Ficção Histórica
A crítica sobre precisão histórica em Assassin’s Creed Shadows reflete um mal-entendido comum sobre a série. Embora a Ubisoft explore eventos históricos em seus jogos, Assassin’s Creed sempre foi uma obra de ficção histórica, onde a narrativa é ambientada em eventos e períodos reais, mas com liberdade para desenvolver teorias conspiratórias e enredos fictícios. A escolha de Yasuke, um samurai estrangeiro, como protagonista é uma continuação desse estilo, e a controvérsia sobre a “falta de precisão histórica” parece ignorar a essência da franquia.
7. Qualidade e Monetização
Para além das controvérsias sobre representatividade e precisão histórica, a maior preocupação para muitos fãs é a qualidade do jogo e como ele será monetizado. A experiência passada com práticas anticonsumidoras da Ubisoft faz com que os jogadores estejam mais atentos aos detalhes comerciais do lançamento. Os fãs de Assassin’s Creed querem um jogo que traga inovação e autenticidade ao universo japonês, sem comprometer a qualidade em prol de microtransações e pacotes de conteúdo adicional.
Com o lançamento de Assassin’s Creed Shadows marcado para fevereiro de 2025, junto com outros jogos de grande relevância, resta ver se a Ubisoft conseguirá reconquistar a confiança da comunidade gamer e entregar uma experiência memorável. E você, está ansioso por Assassin’s Creed Shadows?
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